Um game que virou case de comunicação

Por Fernando Moraes

Em 2015, eu, então chefe da equipe de Comunicação da prefeitura de Piedade-SP, recebi uma missão: divulgar a Expap 2015, a Feira de Exposição Agropecuária daquele ano. Uma das preocupações era atrair o público jovem, cada vez mais alheio e sem identificação com o campo. Como o planejamento de comunicação de eventos públicos conta com poucos recursos, sabia que tínhamos de ser criativos.

Foi então que reuni minha equipe na nossa sala, a jornalista Gabi Albuquerque, o arte-finalista Diego Kendi e nosso estagiário Guilherme e fechamos a porta, com o objetivo de não sairmos de lá até que encontrássemos uma proposta criativa.

Jovem e antenado, durante aquela tempestade de ideias, o estagiário Guilherme lançou a ideia: “e se nós fizéssemos toda a comunicação com linguagem e identidade visual com o tema de games, jovens adoram games”. Aquela frase me deixou pensativo por alguns segundos

“Jovens adoram games!”. Foi então que eu fechei meu caderno de anotações e disse. Temos nossa ideia! “Vamos fazer a linguagem de games?”, perguntou o estagiário. “Não, nós vamos DESENVOLVER um jogo virtual para atrair esse pessoal”, eu disse. Chamamos Sidnei Vargem, do Centro de Processamento de Dados da adm, que garantiu ser possível desenvolver o conceito que idealizamos. Enquanto Gabi e eu nos concentramos na estratégia, Diego cuidou da identidade visual, que, ao meu ver, foi o segredo do sucesso do jogo. E ali começou a nascer o Colhe Colhe, um game que se tornou case de comunicação à época.

Em poucas semanas, foram mais de 5 mil downloads, muitos elogios e muitas reclamações, porque até a criançada não queria saber de outra coisa. Para desenvolver o jogo, aquilo nos custou R$ 1000,00. Para divulgar, contamos com o apoio da TV TEM e diversos outros meios de comunicação da região, o que também nos poupou muito dinheiro que seria utilizado em publicidade paga.

Mais do que a história de sucesso, fico feliz por ter trabalhado àquela época, seja na nossa equipe ou com parceiros da imprensa, com grandes amigos, muitos dos quais cultivo até hoje.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *