Ao planejar o orçamento para promover seus produtos e serviços e vem aquela questão: publicidade tradicional ou atual, em qual investir?
O mundo mudou e o consumidor também. A procura por conteúdo na internet, ou seja, o comportamento de pessoas que vão até os mecanismos de busca para resolver seus problemas foi o que permitiu o surgimento de gigantes globais como o Google. A revolução do comportamento do consumidor forçou uma mudança na maneira como as empresas se apresentam ao mercado, fazendo surgir o Marketing 3.0 e agora o 4.0, trazido à luz por Philip Kotler e seus parceiros.
Mas diante da mudança do consumidor passivo em agente ativo na procura por produtos e serviços que resolvam seus problemas, ainda há espaço para a publicidade tradicional? Ainda faz sentido você ir a uma rede de TV e, com uma peça visualmente bem conceituada dizer, entre outras palavras, “compre, compre, compre!”.
A resposta não é tão óbvia. Depende de uma série de fatores, entre eles o mercado regional, o acesso à informação do público que se quer atingir, o poder da marca e outros.
Pode ser que faça sentido para o telespectador que assiste sempre ao mesmo canal ver o rapaz do site de viagens aparecer duas vezes a cada intervalo comercial com a mesma pergunta: Hotel? Se você sabe a resposta, certamente foi atingido pela propaganda, ainda que não seja o público alvo.
Diante de tal insistência, este telespectador pode até considerar buscar sua viagem no site em questão. Mas, com a infinidade de sites e blogs, perfis pessoais no Facebook ou no Instagram, opiniões de quem fez um roteiro de viagens parecido com o que ele quer, pode não optar por utilizar o serviço do anunciante. De repente ele encontra um site com muito conteúdo relevante sobre o assunto produzido por um viajante que quer apenas compartilhar suas experiências e que pode suprir o papel de seu guia.
Entretanto, se você não é investidor de um grande site de viagens, tenta levar seu negócio com poucos recursos em tempos de crise ou dirige uma empresa de médio porte, a publicidade atual pode ser o caminho para se trabalhar com um orçamento mais enxuto e com estratégias eficazes que podem englobar marketing digital, marketing de conteúdo e inbound marketing.
As pessoas podem passar um período em frente à TV, outro ouvindo rádio na estrada, outro lendo a revista da semana. Mas, hoje, elas nunca – friso, NUNCA – deixam seu smartphone de lado. Pelo contrário, com a facilidade da internet sempre à mão, é bem possível que elas pesquisem no celular mais sobre os mistérios do Egito enquanto assistem a um programa de reportagens sobre o assunto na TV.
Publicidade tradicional ou atual, como saber na qual investir?
Uma das grandes vantagens das estratégias contemporâneas de marketing é saber exatamente para onde está indo seu dinheiro, já que a integração com Google Analytics e indicadores apurados de performance permitem relatórios em qualquer momento da campanha ou ação planejada. Assim, se você errou a mão em uma ou outra ação, é possível corrigi-la, o que fica mais difícil em contratos com mídias tradicionais. Na Acesso Livre e com nossos clientes temos obtido êxito com tais estratégias, principalmente com a ajuda de parceiros nossos como a plataforma RD Station.
Por outro lado, quando você fala em contratar TV, Rádio, Jornal, você está falando sobre alugar o tempo de um canal, alugar o espaço de outro. Com as estratégias atuais do marketing digital, você investe sim, mas para criar sua própria audiência. Seu trabalho será apenas nutri-la para que ela não se afaste de você.
Pense que, se a audiência é sua, em seu canal, em seu blog, em seu instagram, é fácil auditá-la. Quem garante que os números que passam para você de um canal de TV do pacote da operadora, daqueles que ficam escondidos entre uma Globo e uma NatGeo, são mesmo reais. Números são números, se você não tem o controle, fica muito mais sujeito a manipulações de qualquer ordem.
Em tempos de crise, se sua empresa tem como investir em campanhas de massa e isso pode beneficiar seu negócio, ótimo. Se, por outro lado, tem de conviver com orçamento cada vez mais enxuto, a publicidade atual pode ser sua melhor alternativa.
O autor é diretor da Acesso Livre Comunicação