A cada dia nascem teorias, técnicas, estratégias relacionadas à comunicação e ao marketing na internet. Mas, se você deixar de considerar o óbvio, que somos pessoas falando com outras pessoas na rede, repense sua presença online e volte algumas casas.
No atendimento a nossos clientes na Acesso Livre Comunicação, o tempo nos levou a acreditar que não basta o estudo das novidades tecnológicas no que diz respeito à evolução da internet e nos mecanismos de busca.
Obviamente, procuramos ficar por dentro de todas as novidades para alcançar nossos objetivos e oferecermos o serviço mais eficiente aos nossos clientes. Porém, não podemos esquecer que, embora utilizemos tecnologia avançada no processo de comunicação, nosso objetivo ainda é falar com seres humanos.
Inegável e super importante o fato de que a colaboração entre humanos e máquinas é tão presente a ponto de nem notarmos que falamos com robôs o tempo todo em nossa rotina. Se você encara o aplicativo Waze como uma tecnologia que processa dados que nós, humanos, fornecemos e transforma-os em informações úteis para a coletividade naquele trajeto que fazemos até nosso destino final, entenderá o que disse.
É impossível desconsiderar esta colaboração homem-máquina no processo de comunicação. Mas isso não importa se não tocarmos o coração das pessoas, estimular sua reflexão e provocarmos alguma reação.
A internet é feita de pessoas. Do outro lado da rede há um homem querendo se tornar um bom pai, uma mulher que luta por seu espaço, um jovem que tenta entender seu papel no mundo, uma avó que passou por revoluções tecnológicas inimagináveis e que agora aprende a usar um smartphone.
Você já imaginou o que significa alguém na casa dos 60 anos descobrir as funcionalidades de um telefone celular moderno? Há algumas décadas, as pessoas se juntavam em casa de vizinhos para assistirem a TV em preto e branco. Isso era o auge da tecnologia.
Hoje, um bebê que nasceu no ano passado já incorporou o comportamento de tocar na tela do celular e esperar um resultado deste ato. Ou seja, para este nativo digital, o celular não será tecnologia, uma vez que, praticamente, já nasceu com a habilidade de dominá-lo.
Perceba as diferenças de público, comportamento, relacionamento com os aparatos tecnológicos que nos unem – e por vezes nos separam. Mas há um fator comum entre todos: são seres humanos. Possuem sentimentos, podem ler algo que mexa com seu coração, podem detestar a ação que considerarem invasiva, podem rir de coisas que acharem engraçadas, podem defender uma ideia com unhas e dentes. Como só são o que são porque se desenvolveram em sociedade, podem compartilhar seus sentimentos com os demais, criando assim um espírito coletivo em torno de valores comuns.
Falando assim parece mesmo óbvio. Mas não é tão simples. Muitas organizações entraram na internet para ocupar espaço. Algum executivo disse: precisamos estar nas redes sociais e assim foi, sem buscar entender o outro lado. Isso explica um pouco as derrapadas de empresas que negligenciam informações, não respondem aos clientes, inventam desculpas esfarrapadas dizendo que não foi bem aquilo que quiseram dizer, provocam crises que elas próprias não conseguem resolver.
Mesmo na internet e após tantas revoluções na comunicação, somos humanos, conversamos com humanos, queremos a atenção de humanos, queremos ser amados por outros humanos. Então não há porque insistirmos em falar como máquinas e apenas para máquinas.