Por Fernando Moraes
Estava eu chegando na Acesso Livre Comunicação, quando o telefone toca. “Oi Fernando, a Laura do Instituto Meio nos passou seu contato, gostaríamos de contar com seu trabalho em nosso Marketing”. Logo passei às perguntas essenciais para entender o trabalho, quando alguém pede a palavra. Um vozeirão grave pergunta se teria como marcar uma reunião.
Ficou a sensação de que conhecia aquela voz de algum lugar. Quando ouvi o nome, Sebastian, na hora liguei os pontos e percebi que se tratava da figura icônica que marcou a publicidade dos anos 90: “Que bacana! Vamos lá, ver o que rola!”, pensei.
Já fiquei animado ali mesmo.
Na primeira reunião, no Centro de Cultura e Artes de Osasco, estava tudo ali, a pinta teatral, a pegada artística, os trejeitos daquele cara que cativou todo mundo à frente da marca C&A. Ao caminhar pelo espaço, onde Sebastian desenvolve o Núcleo de Artes que leva seu nome, as pessoas olhavam e cochichavam: “é ele?”, “será que é?”, “acho que ele mesmo!”. Cativante.
Fechamos o contrato. Em pouco tempo, seu rosto já estampava o lançamento da Ekobé, o Magrechá, marca que apresentado em vários eventos do país.
Acompanhando a fera em várias situações, pudemos conversar e ele me contou sobre sua vida, sobre sua infância em Minas Gerais, sobre sua entrada no mundo das artes e, claro, sobre o fuzuê que virou sua vida depois de estrelar uma das marcas mais conhecidas do mercado da moda no Brasil.
Mas e o que aconteceu com Sebastian depois daquilo? Bem, ele mesmo conta que não existe somente um Sebastian, mas sim vários. Da arte cênica ao engajamento com projetos sociais, Sebastian e sua esposa Ivone – que administra seus negócios – passaram por diferentes momentos. Até na inovação de sistemas de segurança ele se meteu. “Em breve teremos novidades, você não perde por esperar”, diz, sempre entusiasmado.
Quem é vitrine é sempre rodeado de gente, aliciado e às vezes até enganado. Sebastian conta como caiu em alguns contos de pessoas com interesses, digamos, nem tão nobres assim e que isso quase manchou sua reputação. Pessoas com ligações políticas que prometeram o mundo, mas que podiam levá-lo ao fundo, se não ficasse esperto. “Mas são águas passadas, sempre levo para o lado positivo. Para alguma coisa útil estas experiências devem servir para minha vida, é só esperar”.
E assim, passamos boa parte nos últimos meses conversando, planejando, sonhando. Se para o público as frases potentes de quem apresenta uma marca como se tivesse na Broadway ou apresentando o Rock’n’Rio, no dia-a-dia Sebastian se comporta como um menino sonhador, cheio de alegria, esperança e um humor genuíno.
E, entre uma gargalhada e outra, por vezes escapa uma frase milimetricamente calculada para causar algum efeito. “Ah, Sebastian, comigo não precisa fazer este papel”, digo a ele aos risos, já identificando seu personagem de empreendedor meio maroto que às vezes desempenha.
O que posso dizer ao conhecer esta figura? É um sujeito único que não passaria despercebido na vida das pessoas. Fenomenal.
Sugiro que assistam a esta entrevista para o programa Persona que fizemos entre um job e outro. Aqui ele fala das mudanças em sua carreira, fala sobre o meio da publicidade tradicional, em que foi lançado, até sua nova fase, como influenciador digital, seus projetos e expectativas.
Com vocês, Sebastian!