Saúde e trabalho: simplificar é o caminho para um novo estilo de vida

Sempre falamos sobre Comunicação e Marketing em nosso conteúdo. Entretanto, desta vez decidimos tratar de um tema que vale para todo o profissional e todas as organizações. Para isso, convidamos a jornalista mestre em Informação e Comunicação em Saúde Agatha Lemos para falar sobre o assunto de impacto na vida de todos nós.

Saúde e trabalho

Por: Agatha Lemos

Agatha Lemos Acesso Livre ComunicacaoParece cada vez mais comum o interesse das pessoas por um estilo de vida saudável. Ter um conhecido cuidadoso com a própria saúde é algo bastante recorrente. O cenário urbano também não deixa de apontar a relevância da saúde: academias com funcionalidades que beiram a personalização; laboratórios equipados para a realização de exames minuciosos; clínicas muito mais especializadas e uma indústria farmacêutica mais poderosa indicam como o complexo industrial da saúde ganha força e se estabelece vigorosamente.
Em nossos dias, a saúde ganha o status de valor, podendo ser até constrangedor agir como se ela fosse de pouca importância. A saúde está nos diálogos corriqueiros, na crendice popular, está também na sua time line. Não há quem não tenha uma receita para indicar, uma dieta para passar, uma recomendação sobre determinado bem, produto ou serviço que promova qualidade de vida.
Se a saúde e o bem-estar fazem parte do pacote de ideais da sociedade contemporânea, eles não escapariam do mundo corporativo. Sobre isso, Robert Karch, diretor do National Center for Health and Fitness da American University, em Washington, nos Estados Unidos, diz: “Nem todas as empresas precisam investir em qualidade de vida, promoção de saúde ou coisa parecida. Só aquelas que querem ser competitivas no século XXI”.
As empresas que, já algum tempo, vêm sendo desafiadas a compreender o funcionário como primeiro cliente, também se deparam com novos conceitos de gestão, os quais dão ênfase à saúde dos seus servidores.
Foi-se o tempo em que bastava investir em ginástica laboral. Na Sociedade da Informação, em que diversos tipos de conteúdo (inclusive o de saúde) estão literalmente na palma da mão, cabem às empresas dar alguns passos a mais quando o assunto é bem-estar integral.
Mas esta é uma relação de mão dupla. Se por um lado, a saúde deve fazer parte dos valores da empresa; por outro, ela deve fazer parte também das aspirações do contratado. Nos Estados Unidos, por exemplo, já existem corporações que bonificam o funcionário que dorme bem. A seguradora Aetna paga 300 dólares por ano para o funcionário que dorme pelo menos sete horas por noite.
A preocupação com o sono não é sem precedentes. De acordo com um relatório de 2011 da American Academy os Slep Medicine, o trabalhador perde em torno de 11 dias de trabalho por ano ou o equivalente a 2280 dólares de produtividade. Com isso, em apenas doze meses, a economia norte-americana chega a perder 63 bilhões de dólares.
Na Europa, estudo de 2015, da Rand Corporation, destaca que a perda da produtividade dos funcionários que dormem menos de sete horas em comparação com aqueles que dormem oito horas em média, é visível.
Iniciativas empresariais que gratificam o funcionário que cuida da própria saúde, apesar de arrojadas e significativas, não resolvem todos os problemas. Álcool e outras drogas, compulsão alimentar, depressão e transtornos mentais assolam a sociedade e, consequentemente, prejudicam o desempenho profissional.

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Saúde e performance profissional

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Ao aspirante a uma vaga de emprego, fica a dica: os hábitos de vida influenciam, cada vez mais, na hora da contratação.
Contudo, não se engane! Quem já solidificou a carreira também precisa estar atento, afinal a performance profissional aumenta quando corpo, mente e espírito estão em equilíbrio. E se uma empresa é mais competitiva por ter capital humano saudável, certamente, um profissional se destacará por cultivar atitudes benéficas.
A premissa faz sentido, mas como torná-la real? Para alguns profissionais, melhorar o estilo de vida pode ser algo intangível. Outros; desejam positivas transformações, mas não sabem por onde começar. Há também aqueles que tentam, mas não conseguem encaixar práticas saudáveis no dia a dia, restando-lhes apenas a sensação de culpa.
Algumas profissões podem ser ainda mais exigentes, como no caso de quem trabalha com marketing e comunicação. Metas, resultados, prospecção e fidelização de clientes, criação, rede de contatos, ambiência virtual são alguns pontos que fazem parte da rotina de quem explora muito o lado intelectual, mas nem sempre consegue dar a mesma atenção a outras esferas da vida. Além disso, a falta de tempo, o número de compromissos e até mesmo o ambiente de trabalho podem acabar afastando a tão sonhada mudança do estilo de vida.
Quando se trata de saúde, a responsabilidade cabe a várias instâncias, a começar por nós.
À primeira vista, muitos são os empecilhos, contudo, pouco a pouco, sem se cobrar, mas assimilando a saúde como uma experiência a ser vivida, é possível encontrar novas maneiras de existir. Nem sempre nos faltam recursos, às vezes, é questão apenas de reorganização e simplificação do jeito contemporâneo de ser.

Agatha Lemos é jornalista com especialização em Gestão da Comunicação e Marketing Institucionais e mestrado em Informação e Comunicação em Saúde pela Fiocruz-RJ. Nos últimos anos, tem se dedicado ao jornalismo voltado para a saúde e para a divulgação científica, atuando como editora na revista Vida e Saúde.

 

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